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Quando vale a pena iniciar um processo contra o INSS?

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Você sabe como funciona um processo contra o INSS?

Em algumas situações, só resta essa alternativa para o segurado que deseja ir em busca dos seus direitos previdenciários.

Seria muito bom se a única preocupação das pessoas fosse cumprir os requisitos necessários para ter acesso aos benefícios e aposentadorias da Previdência Social. 

Mas a realidade é outra, e nós que atuamos há 11 anos na área, sabemos bem quais são os inúmeros desafios que os segurados enfrentam diariamente.

Erros nas análises dos requisitos, problemas com a perícia médica e a demora no tempo de resposta são algumas das causas que levam ao indeferimento dos pedidos feitos na via administrativa. 

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E quando isso ocorre, o que resta ao contribuinte? Aceitar a negativa do INSS ou recorrer contra ela? 

É sobre isso que iremos falar hoje. Acompanhe!

Leia também: INSS: O Que É Preciso Para Se Aposentar Por Idade?

Como funciona um processo contra o INSS?

Quando o segurado decide acionar a Justiça para ingressar com um processo contra o INSS, ele tem duas coisas ao seu favor: qualidade na análise e agilidade.

A qualidade na análise é presumida pois ela será feita por um juiz qualificado e entendedor do assunto, que acompanha regularmente os entendimentos judiciais e temas relacionados ao caso que está sendo julgado. 

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Além disso, se for necessária a realização de uma perícia médica na fase judicial, o juiz indicará um perito especialista na área da incapacidade do segurado. 

Isso faz muita diferença, pois os peritos do INSS em sua maioria são clínicos gerais e por falta da especialidade, muitos não conseguem atestar a incapacidade do trabalhador, o prejudicando. 

Já a agilidade fica por conta dos trâmites que estão presentes em um processo judicial, como o mandado de segurança (que obriga o INSS a analisar um pedido imediatamente) e a digitalização das ações, que agilizam todos os procedimentos realizados no Poder Judiciário. 

Em um processo contra o INSS, a agilidade só fica comprometida quando há a necessidade de buscar mais provas por meio de perícias médicas e sociais, ou quando são realizadas audiências.

Processo Administrativo x Processo Judicial

Chamamos de processo administrativo todas as demandas protocoladas junto à Previdência Social através do site ou aplicativo MEU INSS ou pelo telefone 135.

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Pedidos de benefícios, marcação de perícias, cumprimento de exigências e demais procedimentos podem ser feitos pela via administrativa. Dessa forma, não é obrigatório o acompanhamento de um advogado, embora seja muito aconselhável. 

Quando o benefício não é concedido ou se é concedido com erros, se há atraso na análise ou algum outro motivo que prejudique o segurado, o mais indicado é iniciar um processo judicial.  

Nessa etapa o segurado precisa do auxílio de um advogado, e o mais recomendado é contratar um especialista na área

O processo administrativo pode demorar mais tempo para ser analisado, em regra os prazos estabelecidos são:

  • 30 dias para salário-maternidade;
  • 45 dias para auxílio-doença e aposentadoria por invalidez;
  • 60 dias para auxílio-acidente e auxílio-reclusão;
  • 90 dias para BPC/LOAS e demais aposentadorias.

Contudo, o tempo de análise pode ser bem maior, já que a fila de processos administrativos é bem extensa. Se o segurado sofreu uma negativa e deseja iniciar um recurso ainda na esfera administrativa, a espera pode chegar a até 2 anos.

Há algo que pode ajudar na diminuição dos prazos?

Sim. O ideal é que o segurado se organize antes de acionar o INSS para realizar algum pedido. 

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Saber quais são os requisitos necessários para cada tipo de benefício, quais documentos juntar, se há necessidade de apresentar algum documento complementar, são atividades que otimizam o tempo e diminuem as chances de indeferimentos. 

Se for o momento de pedir a aposentadoria, o segurado pode optar por realizar o planejamento previdenciário antes e assim garantir que está fazendo o seu pedido da forma correta e evitando prejuízos.

No decorrer do texto iremos falar mais sobre os prazos do processo judicial.

Quando vale a pena iniciar um processo contra o INSS?

Confira os principais motivos que podem levar o segurado a iniciar um processo contra o INSS e porque vale a pena tomar tal decisão:

Indeferimento do pedido de aposentadoria ou benefício

Muito tem se falado sobre a qualidade das análises feitas para os pedidos junto ao INSS. 

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Documentos complementares podem passar despercebidos, faltam especialistas à frente da perícia médica para atestar algumas incapacidades específicas, exigências podem não ser solicitadas.

Essas são apenas algumas das situações que podem levar o segurado a questionar o indeferimento do seu pedido. 

Demora na análise do pedido

Se o INSS não cumprir o prazo legal para dar uma resposta sobre o seu pedido (o que acontece bastante), é possível acionar a Justiça para pedir agilidade no processo.

Essa é uma das principais causas de ajuizamento de ações contra o órgão.

Revisão de aposentadoria já concedida 

revisão de aposentadoria é disponibilizada pelo INSS para aposentados e pensionistas que acreditam haver equívocos na concessão de seus benefícios. 

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Imagem por @wayhomestudio / freepik
Imagem por @wayhomestudio / freepik

Leia também: Atrasados Do INSS: Justiça Libera R$ 2,3 Bilhões A Beneficiários

Ela pode ser solicitada administrativamente, mas recomendamos que seja acompanhada por um advogado especialista, que possui maior expertise para verificar se realmente será vantajoso pedir a revisão. 

Algumas revisões, como a famosa revisão da vida toda, só são realizadas judicialmente. 

Averbação de direito adquirido na justiça trabalhista ou de tempo de serviço não computado

Quem teve alteração salarial ou períodos de trabalho sem carteira assinada reconhecidos pela Justiça Trabalhista, deve trazer essas informações para o INSS por meio da averbação de sentença trabalhista.

Além dela, existe ainda a averbação por tempo de serviço, que diz respeito aos períodos de trabalho em serviço público, atividades especiais, tempo militar, entre outros que não são computados automaticamente pela Previdência Social. 

Estes procedimentos podem ser feitos pela via administrativa, mas geralmente são indeferidos. Daí a importância de buscar a via judicial.

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Quais são as fases de um processo contra o INSS?

É importante entender cada uma das etapas que compõem um processo contra o INSS.

1º – Petição inicial: momento em que o segurado expõe os fatos, provas e seus pedidos à Justiça Federal;

2° – Carta de citação: meio pelo qual o INSS tem reconhecimento do processo;

3° – Contestação e impugnação à contestação: apresentação de defesa do INSS e onde o segurado também poderá rebater essa defesa;

4° – Perícia ou audiência: (não ocorre em todos os tipos de processo);

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5° – Sentença: reconhecimento do que foi julgado. Os pedidos da petição inicial podem ser improcedentes, total ou parcialmente procedentes.

6° – Recursos: oportunidade para a parte vencida tentar reverter a decisão final;

7º – Execução: momento de colocar em prática a decisão proferida pelo juiz.

Quanto tempo demora um processo contra o INSS?

Depende do tipo de processo.

Se a ação tiver o objetivo de acelerar a análise por parte do INSS, o juiz emitirá um mandado de segurança e o órgão terá que dar uma resposta para o pedido o quanto antes. 

Se o pedido for aprovado, esse processo será finalizado rapidamente. 

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Todavia, se o pedido foi analisado é há divergências no resultado do INSS com o que foi solicitado, o processo continuará correndo na Justiça, o que leva mais tempo e exige provas e perícias.

Em média, podemos dizer que um processo contra o INSS pode levar entre 1 a 2 anos. 

O mais recomendado é falar com um advogado para entender melhor o que pode ser feito no seu caso, pois cada situação tem suas especificidades e os prazos para finalização do processo podem variar.

A importância de um advogado especialista em Direito Previdenciário

Se você deseja iniciar um processo contra o INSS, busque um advogado especialista desde a fase da organização dos documentos até o acompanhamento da ação. 

O profissional que tem experiência de atuação junto à Previdência Social, poderá ajudar você a garantir os seus direitos.

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Por isso, saiba que a orientação de um advogado qualificado fará toda diferença para que você alcance o resultado que almeja.

Leia também: Divulgado O Calendário Do 13º Do INSS! Saiba Quando A Grana Cai Na Conta

Observe os seguintes pontos para contratar um bom advogado para ingressar com um processo contra o INSS:

  • Tempo de atuação no mercado;
  • Depoimentos e avaliações de clientes;
  • Casos de sucesso do profissional ou do escritório em que atua;
  • Seus canais digitais (site, blog, Instagram, Facebook, entre outros).

Conclusão

Viu só como funciona um processo judicial contra a Previdência Social?

Acreditamos que com este conteúdo, foi possível entender quais são as diferenças entre um processo administrativo e o processo judicial, e quanto tempo leva cada um deles.

Como explicamos, são várias as situações que podem levar o segurado a buscar seus direitos na Justiça. Se você estiver nesse momento, lembre-se que o mais adequado é contar com o auxílio de um especialista

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Por fim, não esqueça de compartilhar esse conteúdo com seus amigos, conhecidos e familiares! Assim, mais pessoas podem se beneficiar com tais informações.

Fonte: MSAmorim

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Hora Extra: Quem Pode Fazer e Quais as Regras?

Veja se qualquer profissão oferece essa possibilidade

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Seja por conta da alta demanda de trabalho, erros na gestão de tempo ou até mesmo pela vontade dos funcionários em complementar a renda, as horas extras são muito comuns nas empresas. E elas são asseguradas por lei, mas existem regras para isso.

A hora extra é um recurso que a empresa e o trabalhador possuem para possibilitar a extensão esporádica da jornada de trabalho. Algumas empresas tratam esse tema como regra, e outras proíbem totalmente por receio do descontrole financeiro sobre a folha de pagamento. 

Tanto a Constituição Federal quanto às Leis trabalhistas garantem o direito ao empregado, no entanto existem regras e modalidades, bem como o tipo de regime de trabalho e até mesmo características específicas de cada turno. 

Essas diferenças precisam ser de pleno conhecimento do departamento de recursos humanos para auxiliar a empresa e seus funcionários.

Mas toda profissão tem a liberdade de fazer isso? Sim, de modo geral, todo trabalhador possui direito a hora extra. Como seu próprio nome diz, a hora extra, é o tempo trabalhado além da jornada normal de trabalho.

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Conforme a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), a jornada normal de trabalho tem uma duração máxima de oito horas diárias, respeitando o limite de 44 horas por semana.

No entanto, apesar de ser um direito da maioria dos trabalhadores, é um equívoco acreditar que todo profissional pode fazer hora extra.

Nesse sentido, é importante esclarecer que existem sim alguns trabalhadores que não possuem direito às horas extras, e é sobre eles que falaremos a partir de agora!

O que é a hora extra?

A hora extra se refere ao tempo adicional que um funcionário trabalha além da sua carga horária diária, estabelecida em seu contrato de trabalho. Ou seja, sempre que a jornada diária do colaborador for ultrapassada, ele terá direito de receber horas extras.

Conforme expresso no artigo 58 da CLT, a jornada de trabalho normal deve ter no máximo, 8 horas diárias e 44 horas semanais. Vale lembrar que existem exceções, mas essa é a carga horária mais comum.

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Outra questão importante é que a legislação determina que o máximo de tempo que um trabalhador pode cumprir de hora extra são duas horas diárias.

A CLT define, ainda, que o empregador deve pagar um valor adicional por essa hora extra trabalhada. Esse valor, em regra normalmente, corresponde ao valor da hora normal de trabalho acrescido de 50%.

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Limite de horas extras por dia

O limite diário de horas extras são 2 horas e não importa o regime de trabalho. Ou seja, se a jornada de um funcionário for de 8 horas, ele poderá somar, no máximo, 10 horas de trabalho. Se forem 6 horas, ele poderá cumprir 8 horas.

Todavia, existem algumas exceções a essa regra. No caso de serviços inadiáveis, aqueles que precisam ser concluídos na mesma jornada de trabalho, sob pena de prejuízos ao empregador, por exemplo, a empresa pode solicitar que o colaborador cumpra até 4 horas extras naquele dia.

Quais trabalhadores não têm direito a hora extra?

É importante esclarecer que mesmo sendo direito da maioria dos trabalhadores, alguns profissionais não possuem direito a hora extra.

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Nessa regra de trabalhadores que não possuem direito a hora extra, estão os profissionais onde não é possível fixar um horário de trabalho específico. Por exemplo, os vendedores externos.

A regra das horas extras, também costumam não valer para os profissionais que atuam em cargos superiores, como gerentes, diretores ou chefes de departamento.

Essa situação também se estende aos profissionais com cargos hierárquicos mais altos como gestores, coordenadores ou até mesmo da direção, tendo em vista que para esses trabalhadores o regime pode ser diferenciado para cada empresa.

Uma outra situação que merece atenção está relacionada aos trabalhadores em cargos que possuem jornada de trabalho parcial, que normalmente não pode fazer hora extra, dependendo do regime de contratação e do contrato de trabalho.

Outra circunstância em que não se permite a hora extra é no caso de estagiários. O estagiário também não pode ultrapassar 30 horas de trabalho semanal. Caso ocorra com frequência, a empresa poderá sofrer com ação judicial por descumprir a Lei nº 11.788/08, mais conhecida como a Lei do Estágio.

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Veja as mudanças na ficha de “outros bens” e direitos do IR 2025

Em 2025, a Receita Federal ajustou e incluiu alguns itens a fim de dar maior transparência nas declarações

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Com o prazo de entrega das Declarações de Imposto de Renda definido para 17 de março até 30 de maio, o contribuinte deve se preparar para o envio das declarações.

Todavia, a cada ano há sempre algumas alterações e este ano não foi diferente. A Receita Federal anunciou mudanças na ficha de bens e direitos para a declaração deste ano. As atualizações visam tornar a prestação de contas mais transparente possível.

Veja a seguir o que muda na ficha de “outros bens” para não errar na hora de preencher.

O que mudou na ficha de “outros bens” e direitos no IR 2025

Toda atenção na hora do preenchimento nas fichas de bens classificados em ‘outros bens’. Veja o que alterou:

  • Foram criados 6 novos códigos para bens (holding, garagem, leasing…);
  • 13 bens tiveram o nome ajustado para facilitar o entendimento;
  • Foram extintos 3 códigos de bens e direitos;
  • 11 bens passaram a ser exclusivos no Brasil – não pode exterior.

Além disso, houve a exclusão dos seguintes campos na ficha de declaração do IR:

  • Título de eleitor;
  • Consulado/embaixada (quando residente no exterior);
  • Número do recibo da declaração anterior (quando declaração online).

Leia também:

Quem precisa declarar Imposto de Renda 2025?

  • Recebeu rendimentos tributáveis acima de R$ 33.888 no ano de 2024, como salários, aposentadorias, pensões e aluguéis;
  • Teve receita bruta anual de atividade rural superior a R$ 169.440 ou deseja compensar prejuízos de anos anteriores com a atividade;
  • Possuía bens e direitos acima de R$ 800 mil em 31 de dezembro de 2024, incluindo imóveis, veículos, investimentos e outros patrimônios;
  • Passou a residir no Brasil em 2024 e permaneceu nessa condição até o final do ano;
  • Recebeu rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200 mil, como indenizações trabalhistas, doações e rendimentos de caderneta de poupança;
  • Obteve ganho de capital  na venda de bens ou direitos sujeitos à incidência do Imposto de Renda, como imóveis e veículos vendidos com lucro;
  • Realizou operações na Bolsa de Valores com movimentação acima de R$ 40 mil ou teve lucro sujeito à tributação;
  • Optou pela isenção do IR na venda de imóveis residenciais, ao usar o valor da venda para comprar outro imóvel no Brasil dentro do prazo de 180 dias;
  • Declarou bens, direitos e obrigações de uma entidade controlada no exterior, como se fossem de sua titularidade direta;
  • É titular de um trust ou contratos similares regidos por leis estrangeiras;
  • Atualizou o valor de mercado de bens e direitos no exterior, conforme a legislação vigente;
  • Recebeu rendimentos no exterior, como lucros, dividendos e aplicações financeiras;
  • Pagou imposto sobre atualização de bens imóveis em dezembro de 2024.

O que acontece se não declarar Imposto de renda?

Quem tiver a obrigação de declarar e não enviar a documentação dentro do prazo estará sujeito a uma multa mínima de R$ 165,74, podendo chegar a 20% do imposto devido, com acréscimo de juros conforme a taxa Selic.

Por esse motivo, é importante ficar atento ao cronograma e organizar os documentos para evitar problemas com o Fisco.

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Preparação para o IRPF 2025: como evitar erros e maximizar benefícios

Visão do especialista, Murillo Torelli, professor de Ciências Contábeis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)

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Com a proximidade do período de entrega da Declaração do Imposto de Renda Pessoa Física (IRPF) 2025, os contribuintes devem se preparar para evitar problemas e, se possível, garantir a restituição o quanto antes. A Receita Federal ainda divulgará as regras oficiais na primeira quinzena de março, mas algumas diretrizes gerais já podem ser observadas para facilitar o processo.

Planejamento e Organização

A organização antecipada da documentação é fundamental para evitar erros e atrasos. Empresas e instituições financeiras já disponibilizaram os informes de rendimento, e os aposentados e pensionistas do INSS podem acessá-los pelo site Meu INSS. Além disso, documentos como recibos de despesas médicas, comprovantes de compra e venda de bens e informes de investimentos devem ser reunidos o quanto antes.
 

Outro ponto importante é manter uma cópia da declaração do ano anterior, que pode agilizar o preenchimento e reduzir as chances de inconsistências. A falta de organização pode levar à omissão de informações, um dos principais motivos para a retenção na malha fiscal.
 

Quem Deve Declarar?

Enquanto os valores oficiais para 2025 ainda não foram divulgados, as regras devem seguir parâmetros semelhantes ao ano anterior. Devem prestar contas ao Fisco aqueles que, em 2024, tiveram:

  • Rendimentos tributáveis acima de R$ 30.639,90;
  • Rendimentos isentos, não tributáveis ou tributados exclusivamente na fonte acima de R$ 200.000,00;
  • Ganho de capital na venda de bens;
  • Operações em bolsa de valores acima de R$ 40.000,00;
  • Bens e direitos superiores a R$ 800.000,00;
  • Receita bruta de atividade rural acima de R$ 153.199,50;
  • Mudança de residência para o Brasil.

Vantagens da Declaração Pré-Preenchida

A declaração pré-preenchida, acessível por meio de conta gov.br de nível prata ou ouro, facilita o processo, reduzindo erros e garantindo maior agilidade. Em 2024, 41% dos contribuintes utilizaram essa ferramenta, que também concede prioridade na restituição. No entanto, é fundamental revisar as informações antes do envio.
 

Malha Fiscal: Principais Motivos de Retenção 

Em 2024, 3,2% das declarações ficaram retidas na malha fiscal. As principais razões foram:

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  • Deduções indevidas (57,4%), com destaque para despesas médicas (51,6%);
  • Omissão de rendimentos (27,8%).

Portanto, atenção especial deve ser dada às deduções, respeitando os limites estabelecidos: R$ 2.275,08 por dependente e R$ 3.561,50 para educação.
 

Prazo e Prioridade na Restituição

A expectativa é que a entrega da declaração inicie em 17 de março e siga até 31 de maio. Quem entrega mais cedo tem maiores chances de receber a restituição nos primeiros lotes, mas há regras de priorização:

  • Idosos acima de 80 anos;
  • Idosos acima de 60 anos, deficientes e portadores de moléstia grave;
  • Contribuintes cuja maior fonte de renda seja o magistério;
  • Quem optar pela declaração pré-preenchida e restituição via PIX.

Evite Multas e Problemas Fiscais

Atrasar a entrega pode gerar multas de 1% a 20% do imposto devido, com valor mínimo de R$ 165,74. Além disso, inconsistências podem levar ao bloqueio do CPF e problemas na regularidade fiscal.
 

A preparação antecipada permite ao contribuinte não apenas evitar erros e penalidades, mas também maximizar os benefícios fiscais. Com organização, uso da declaração pré-preenchida e atenção às deduções permitidas, é possível garantir uma declaração mais segura e tranquila. O planejamento financeiro e fiscal é essencial para um bom relacionamento com o Fisco e para evitar surpresas desagradáveis no futuro.

Murillo Torelli, professor de Ciências Contábeis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)
 Murillo Torelli, professor de Ciências Contábeis da Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM)


*O conteúdo dos artigos assinados não representa necessariamente a opinião do Mackenzie.

Sobre a Universidade Presbiteriana Mackenzie

A Universidade Presbiteriana Mackenzie (UPM) foi eleita como a melhor instituição de educação privada do Estado de São Paulo em 2023, de acordo com o Ranking Universitário Folha 2023 (RUF). Segundo o ranking QS Latin America & The Caribbean Ranking, o Guia da Faculdade Quero Educação e Estadão, é também reconhecida entre as melhores instituições de ensino da América do Sul. Com mais de 70 anos, a UPM possui três campi no estado de São Paulo, em Higienópolis, Alphaville e Campinas. Os cursos oferecidos pela UPM contemplam Graduação, Pós-Graduação, Mestrado e Doutorado, Extensão, EaD, Cursos In Company e Centro de Línguas Estrangeiras.

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