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Internacional

Na Espanha, presidente Lula defendeu a criação de um G20 da Paz

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, nesta quarta-feira (26), que a preocupação de alguns países com o crescimento econômica da China representa uma contradição aos princípios defendidos pelo Consenso de Washington, na década de 1980. O consenso é um conjunto de recomendações neoliberais visando o desenvolvimento econômico. Sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, o presidente brasileiro defendeu a criação de um G20 da Paz.

A afirmação foi feita durante encontro com o presidente espanhol, Pedro Sánchez, no Palácio da Moncloa, em Madri, na Espanha, após a assinatura de três memorandos de entendimento: sobre cooperações no Ensino Superior Universitário; entre os ministérios do Trabalho dos dois países; e uma carta de intenções na área de ciência, tecnologia e inovações.

Leia também: Presidente Lula Condena Violação Da Integridade Territorial Da Ucrânia

“Quando vejo alguns países preocupados com o crescimento da China, fico me perguntando se a gente está lembrado do discurso que era feito nos anos 80, depois do famoso Consenso de Washington, quando se criou a ideia de que o mundo não teria mais problema se fosse globalizado. Mesmo as ministras mais jovens lembram de um discurso feito há 43 anos, de que a globalização era a saída para humanidade”, disse o presidente brasileiro.

Lula acrescentou que, por conta do Consenso de Washington, “todas as megaempresas americanas investiram, não para desenvolver a China, mas para utilizar a mão de obra barata que a China oferecia naquele instante. Os chineses souberam tirar proveito do investimento. Mas quando o Trump foi candidato [à presidência dos EUA], começou a dizer que era preciso retirar as empresas que estavam na China. Já era tarde, porque a China já é a segunda economia mundial e possivelmente, no próximo ano, seja a primeira economia do mundo”, acrescentou.

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Foto: Reuters / Alexander Ermochenko / Direitos Reservados / Agência Brasil
Foto: Reuters / Alexander Ermochenko / Direitos Reservados / Agência Brasil

O presidente brasileiro disse que o crescimento chinês se diferencia do de outros países pelo fato de ter ocorrido sem que o país passasse por guerra.

Leia também: Lula Pede Que Otan, UE E EUA Trabalhem Pela Paz Na Ucrânia

“Isso é uma demonstração de que somente com muita paz é possível você aproveitar o dinheiro produzido pelo povo para poder gerar emprego e bem-estar social. Por isso eu estou incomodado com a guerra que está acontecendo entre a Rússia e a Ucrânia. Ninguém pode ter dúvida de que nós brasileiros condenamos a violação territorial que a Rússia fez contra a Ucrânia. O erro aconteceu e a guerra começou. Agora não adianta ficar dizendo quem tá certo e quem tá errado. Agora o que precisa é fazer a guerra parar.”

Segundo Lula, só se discute um “acerto de contas” quando se para de dar tiros. “É assim nessa guerra e foi assim em todas as outras guerras. Mas nós vivemos um mundo muito esquisito, onde todos os membros permanentes do Conselho de Segurança da ONU [Organização das Nações Unidas] são os maiores produtores e vendedores de arma do mundo. E são os maiores participantes de guerra do mundo”.

“Fico, portanto, me perguntando se não cabe a nós, outros países que não são [membros] permanentes do Conselho de Segurança da ONU, fazermos uma mudança. Por que Brasil, Espanha, Japão, Alemanha, Índia, Nigéria, Egito, África do Sul não estão [como membros permanentes]? Quem determina atualmente são os vencedores da 2ª Guerra, mas o mundo mudou. Precisamos construir um novo mecanismo internacional que faça a coisa diferente. Acho que tá na hora da gente começar a mudar as coisas e tá na hora da gente criar um tal de G20 da Paz, que deveria ser a ONU”, acrescentou.

Original de Agência Brasil

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Economia

Trump avalia compra da Groenlândia como estratégia de expansão territorial

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O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, está seriamente avaliando a possibilidade de adquirir a Groenlândia. Segundo três fontes familiarizadas com seus planos, a iniciativa busca tanto expandir a influência americana no Hemisfério Ocidental quanto consolidar um legado histórico.

Na última terça-feira (7), Trump afirmou que não descarta o uso de ações militares ou econômicas para garantir o controle do território dinamarquês ultramarino após assumir a presidência, em 20 de janeiro. A declaração surpreendeu aliados europeus, que temem pela inviolabilidade das fronteiras em um cenário global cada vez mais instável.

Embora tenha mencionado brevemente essa possibilidade durante seu primeiro mandato, os comentários recentes reforçam que o interesse de Trump na Groenlândia é mais do que uma ideia passageira: trata-se de uma ambição estratégica.

Antecedentes históricos e motivações estratégicas

Uma fonte próxima às discussões internas relatou à Reuters que é improvável que Trump recorra à força militar para adquirir a Groenlândia. Historicamente, o último caso de expansão territorial dos EUA ocorreu em 1959, quando Alasca e Havaí foram incorporados como os 49º e 50º estados do país, sob a presidência de Dwight Eisenhower.

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Outro assessor revelou ter visto uma lista de prioridades de política externa elaborada pela equipe de Trump após sua vitória eleitoral em 5 de novembro. Entre os itens, destacou-se a proposta de “comprar a Groenlândia”.

Trump tem defendido publicamente a aquisição da ilha como uma questão de segurança nacional. Contudo, a Dinamarca, que administra a Groenlândia há séculos, foi categórica ao afirmar que o território “não está à venda”. Atualmente, os 57 mil habitantes da ilha gerenciam seus próprios assuntos internos, embora sob a tutela dinamarquesa.

Preocupações geopolíticas e legado presidencial

Assessores de Trump esperam uma reorientação da política externa americana para priorizar as Américas durante seu governo. O presidente eleito demonstra preocupação com a crescente influência chinesa e russa na região, que considera uma extensão estratégica do território dos EUA.

Além da relevância geopolítica, a aquisição territorial também é vista como uma oportunidade para Trump construir um legado duradouro. Fontes próximas afirmam que ele busca ser lembrado como um líder que ampliou o território americano e reforçou sua posição global.

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Nas últimas semanas, Trump também mencionou a possibilidade de incorporar o Canadá aos Estados Unidos e até controlar o Canal do Panamá. As propostas têm gerado controvérsias e atraído olhares atentos da comunidade internacional.

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Chamadas

Donald Trump é eleito pela segunda vez Presidente dos EUA

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Donald Trump retorna novamente à cadeira de presidente dos Estados Unidos nesta quarta-feira, dia 06 de novembro. Ele retorna quatro anos depois de perder a disputa por sua reeleição e dando início a uma nova liderança norte-americana que provavelmente testará as instituições democráticas no país e as relações no exterior.

Trump, de 78 anos, reconquistou a Casa Branca ao garantir mais do que os 270 votos necessários no Colégio Eleitoral para vencer a eleição, de acordo com a projeção da Edison Research, após uma campanha de retórica sombria que aprofundou a polarização no país.

A vitória do ex-presidente no Estado de Wisconsin consagrou a vitória. Trump derrotou a candidata democrata, Kamala Harris, capitalizando as preocupações dos eleitores com a inflação e o que Trump alegou, sem provas, ser um aumento da criminalidade devido à imigração ilegal.

Segundo mandato de Trump 

Trump tem prometido reformular o Poder Executivo, inclusive demitindo funcionários públicos que ele considera desleais e usando agências federais de aplicação da lei para investigar seus inimigos políticos, violando o que tem sido uma política de longa data de manter essas agências independentes.

Durante seu primeiro mandato, as exigências mais extremas de Trump foram, às vezes, impedidas pelos membros de seu próprio gabinete, principalmente quando o vice-Presidente Mike Pence se recusou a impedir que o Congresso certificasse os resultados da eleição de 2020.

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Assim que a votação de 2024 receber a certificação do Congresso em 6 de janeiro, Trump e seu vice-presidente, o senador JD Vance, assumirão seus cargos em 20 de janeiro.

Com informações Reuters

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Chamadas

Análise Financeira: Impacto da Ata do Fed e Estímulo da China

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Nesta quarta-feira, 21 de fevereiro, os mercados iniciam suas operações com uma postura cautelosa, à espera da divulgação da ata do Federal Reserve (Fed). A expectativa é de que o comportamento dos futuros em Nova York e o declínio nos preços do petróleo exerçam pressão sobre o Ibovespa. No pré-mercado, por volta das 7h59, o EWZ, principal fundo de índice de ações do Brasil negociado em Nova York, registra alta de 1,72%. Investidores também estarão de olho nos resultados financeiros de empresas como Gerdau (GGBR4) e Telefonica Brasil (VIVT3).

Dólar à Vista Fecha em Queda devido ao Estímulo da China

Movimentos nos juros futuros e no dólar podem espelhar as oscilações mais moderadas nos rendimentos dos Treasuries e na cotação do dólar frente à maioria das moedas. Enquanto isso, as discussões sobre a reoneração da folha de pagamentos de 17 setores da economia continuam em destaque, com uma reunião entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e Fernando Haddad agendada para hoje. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou ontem que o governo está aberto a negociações. A reoneração faz parte do plano do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, para aumentar a arrecadação do governo e reequilibrar as contas públicas.

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Em relação à agenda econômica, destaca-se a divulgação da ata da mais recente reunião de política monetária do Fed, marcada para as 16h00. Antes disso, a diretora do Fed, Michelle Bowman, participa de um evento em Washington às 15h00. Na Europa, aguarda-se a confiança do consumidor na zona do euro às 12h00. No Brasil, o Banco Central divulgará os dados do fluxo cambial semanal às 14h30.

Além disso, hoje está prevista uma reunião entre o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva às 10h00, para discutir as negociações em torno da proposta de reoneração da folha de pagamentos.

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No Rio de Janeiro, acontece nesta quarta-feira (21) e na quinta-feira (22) a primeira reunião ministerial do G20, grupo composto pelas 20 maiores economias do mundo, sob a presidência do Brasil. Essas reuniões entre os países membros começaram em dezembro e servem como preparação para a Cúpula do G20, que acontecerá em novembro, também na cidade do Rio de Janeiro.

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Quanto ao cenário internacional, o dólar à vista fechou ontem cotado a R$ 4,9319 para venda, influenciado pelo corte de juros para o setor imobiliário realizado pela China. O gigante asiático reduziu a taxa primária de empréstimos em 25 pontos-base, o que estimula a economia e favorece as divisas de países exportadores de commodities, como o Brasil.

Expectativas do Mercado em Relação à Ata do Fed e Agenda Econômica do Dia

Hoje também é dia de divulgação da Ata da última reunião do Fed. O mercado ficará atento às pistas sobre o início de um ciclo de cortes na taxa de juros norte-americana, atualmente entre 5,25% e 5,50%. Na última reunião, a decisão foi de manter a taxa como está, aguardando mais dados para considerar o início dos cortes. Os indicadores de inflação nos EUA subiram após a última reunião, o que pode adiar os cortes. Na agenda econômica do dia, destaca-se a greve de 48 horas do Banco Central no Brasil, a reunião de política monetária do BCE na Zona do Euro, a confiança do consumidor de fevereiro na Zona do Euro, os pedidos de hipoteca e os discursos de membros do Fomc nos EUA, além das atas da última reunião de política monetária dos EUA. O conflito no Oriente Médio e na Ucrânia também permanece como uma preocupação para os investidores.

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