Foto: Reuters/Michael Weber/Imago Imagens/Direitos reservados
O Ministério da Saúde anunciou, na última terça-feira (28/09), a terceira dose da vacina para idosos maiores de 60 anos, durante um evento em comemoração aos mil dias do governo Jair Bolsonaro, em João Pessoa (PB).
Até o momento, a dose de reforço estava confirmada apenas para os imunossuprimidos, profissionais de saúde e pessoas com mais de 70 anos.
A medida foi anunciada por Rodrigo Cruz, secretário executivo e ministro interino da Saúde, enquanto Marcelo Queiroga permanece nos Estados Unidos em isolamento social, após o diagnóstico positivo para Covid-19.
Em vídeo publicado no Twitter, Queiroga afirma que a medida só foi possível “graças à estratégia diversificada adotada pelo governo federal na aplicação de vacinas”.
A vacina deve ser aplicada nos adultos que tomaram a segunda dose há mais de seis meses, e mais de 7 milhões de brasileiras se encaixam nesta faixa etária.
“É possível hoje, no final do mês de setembro, já ofertar para os idosos brasileiros uma dose de reforço”, afirmou o ministro.
De acordo com Alexandre Naime, infectologista, a dose extra da vacina é importante, porque com o passar dos anos, a imunização da população mais idosa vai diminuindo, principalmente para os já tem mais de 70 anos.
“Quatro a oito meses após terminado o esquema com duas doses, os marcadores principais que temos na medição de resposta imune, que são os anticorpos neutralizantes, começam a decair. Mostra que não há mais imunização. Com essa dose de reforço, a qual chamamos de ‘booster’, o nível de anticorpos volta a ser alto, e, então, se hipotetiza a proteção”, explica.
A vacina utilizada no reforço é a Pfizer/BioNTech, e se acabar, irão ser usadas as vacinas Janssen ou AstraZeneca.
Segundo a infectologista Raquel Stucchi, existe a necessidade da dose de reforço, independente da marca do imunizante.
“Nove meses depois de iniciada a vacinação contra covid-19 no mundo, nós sabemos que, com o passar dos meses, os idosos vacinados perdem a proteção. Independentemente da vacina que receberam. Então, passados seis meses, os idosos voltam a ser novamente um grupo de risco para adoecimento mais grave e precisam desta dose de reforço”.
“A dose de reforço nos idosos é extremamente importante porque, com a diminuição da proteção que eles conseguiram com a vacina, eles voltam a ter maior risco de adoecimento mais grave e de precisarem ser internados na UTI. Eventualmente, até um risco aumentado de morte pela doença”, destacou a médica.
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