Janeiro Roxo: Veja como identificar e tratar a Hanseníase

Apesar de erradicada em muitos países, a hanseníase ainda é uma realidade para os brasileiros, com cerca de 30 mil novos casos identificados por ano no país, de acordo com a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

No Janeiro Roxo, campanha voltada para a conscientização sobre os cuidados e a prevenção da doença, e mês em que é celebrado o Dia Mundial de Combate à Hanseníase (29/1), saiba mais sobre a doença que tem cura e pode ser tratada precocemente.

A hanseníase é causada pela bactéria Mycobacterium leprae, que age nos nervos, principalmente, das mãos e pés, provocando lesões na pele e perda de sensibilidade. Silenciosa, a doença pode acometer qualquer pessoa, em qualquer faixa etária.

“Com o passar dos anos, os nervos sofrem lesões mais greves, gerando deformidades e incapacidade física. Porém, quando o diagnóstico é realizado nas fases iniciais, o tratamento leva à cura definitiva, sem sequelas para o paciente”, explica Gisele Abud, médica e diretora Técnica da Unidade de Pronto Atendimento (UPA) 24h Zona Leste, em Santos (SP).

A unidade, que pertence a rede pública de saúde da Prefeitura de Santos, sendo gerenciada pela entidade filantrópica Pró-Saúde, atua como referência para urgências em Clínica Médica, Ortopedia, Pediatria e Odontologia.

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Como identificar

De acordo com a SBD, os principais sintomas da hanseníase são manchas na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil, pele seca e redução de força muscular. Mas outros sinais podem aparecer, como por exemplo:

·        Sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros;

·        Perda de pelo em algumas áreas e redução de transpiração;

·        Dor e espessamento nos nervos periféricos;

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·        Caroços no corpo;

·        Olhos ressecados;

·        Feridas, sangramento e ressecamento do nariz;

·        Febre e mal-estar geral.

Leia também: Janeiro Roxo: Alerta sobre o aparecimento de casos de Hanseníase

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Transmissão e tratamento

Transmitida pelo ar, por meio do espirro ou tosse, e pela saliva, após contato próximo com um doente sem tratamento, a hanseníase, antigamente conhecida como lepra, pode demorar para se desenvolver. Ao identificar sintomas, é essencial procurar uma unidade de saúde para diagnóstico e início dos cuidados.

“A doença é longa, e pode ficar escondida no organismo de dois a sete anos em média. Por isso, os casos identificados não são necessariamente novos”, conta a médica. “Assim, é essencial que esse diagnóstico dê origem à um trabalho de busca ativa, já que esse paciente pode ter transmitido a doença para outras pessoas do seu círculo, antes de apresentar sintomas”, complementa Gisele.

Segundo o Ministério da Saúde, o tratamento da hanseníase consiste na prescrição de antibióticos. O uso imediato é essencial para barrar a transmissão da doença. A primeira dose mensal deve ser supervisionada pelo profissional de saúde, sendo as demais autoadministradas e o Sistema Único de Saúde (SUS) disponibiliza o tratamento e o acompanhamento em unidades básicas de saúde e em unidades de referência. A doença pode ser curada em até 12 meses após o tratamento feito de forma correta.

“É importante deixar claro também que não é necessário isolar a pessoa com hanseníase, como era feito no passado. A doença tem tratamento e pode ser curada. Somente com informação e conscientização, poderemos vencer os estigmas e preconceitos enraizados na nossa sociedade”, finaliza a profissional de saúde.

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Leonardo Grandchamp

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