A taxa de mortalidade por hipertensão arterial no Brasil atingiu o maior valor dos últimos dez anos, com a ocorrência de 18,7 óbitos por 100 mil habitantes em 2021. Esse levantamento considera a base de dados final do Sistema de Informação sobre Mortalidade (SIM) para o ano de 2021, publicada neste mês de maio pelo Ministério da Saúde. Neste Dia Mundial da Hipertensão (17), é importante ressaltar a importância das ações de promoção, prevenção e cuidado, para evitar a doença e suas complicações.
O crescimento da taxa de mortalidade foi acentuado a partir de 2020, quando passou de 12,6 óbitos por 100 mil habitantes em 2019 para 17,8 em 2020. Entre 2011 e 2018, a taxa não ultrapassou 13 óbitos por 100 mil habitantes, ficando sempre entre 11,4 e 12,4.
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Embora também possa ter relação com fatores genéticos, o consumo de alimentos ricos em sal e a falta de exercícios físicos contribuem significativamente para o desenvolvimento e evolução da doença, assim como o tabagismo e o consumo de álcool.
A diretora do Departamento de Análise Epidemiológica e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis do Ministério da Saúde, Maria del Carmen Molina, alerta que, com o tratamento adequado, a hipertensão pode ser controlada. “É de fundamental importância o diagnóstico precoce para determinar o tratamento. Além dos medicamentos disponíveis atualmente, é imprescindível que as pessoas tenham acesso a uma vida mais saudável”, explica.
O aumento mais expressivo da taxa de mortalidade por hipertensão arterial ocorreu em pessoas com 60 anos ou mais. Em 2019, as faixas etárias de 60 a 69 anos, 70 a 79 anos e 80 anos ou mais, apresentavam, respectivamente, 28,1, 69,6 e 283,2 óbitos por 100 mil habitantes. Em 2021, esses números saltaram para 41,4, 97 e 381,7. Nas três faixas etárias, os resultados de 2021 foram os maiores dos últimos dez anos.
De acordo com a Pesquisa de Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel), realizada em 2021 com relatório publicado em 2022, a frequência de adultos (18 anos ou mais) do conjunto das capitais brasileiras que referiram diagnóstico médico de hipertensão arterial foi de 26,3%. Isso representa aumento em relação aos dados de 2011, quando esse percentual era de 24,3%. A prevalência de hipertensão se trata de condição autorreferida pelo entrevistado durante a pesquisa.
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O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece gratuitamente medicamentos nas Unidades Básicas de Saúde e pelo programa Farmácia Popular. A receita pode ser emitida tanto por um profissional do SUS quanto por um médico que atende em hospitais ou clínicas privadas. Tratamento não farmacológico pode ser feito nas Unidades Básicas de Saúde e outros equipamentos sociais.
Fonte: Ministério da Saúde
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