Checklist bancário: Recomendações para reduzir o risco de crédito

No ambiente atual de incerteza e instabilidade financeira, o papel que os bancos desempenham economicamente nunca foi tão relevante, tanto local quanto globalmente.

Consumidores, pequenas e médias empresas e entidades comerciais estão recorrendo às instituições financeiras para obter mais apoio e assistência, especialmente à medida que os programas de estímulo econômico introduzidos pelos governos começam a expirar em todo o mundo.

Em alguns mercados, a pandemia apresentou aos bancos novas oportunidades, em particular a aceleração de novos processos e tecnologias digitais.

Por conta dessa tendência, a FICO, empresa líder mundial em software de análise preditiva, lançou a terceira edição do white paper ” Lidando com a crise da Covid-19: adaptando-se à nova realidade“, com o objetivo de ajudar os bancos a se adaptarem e crescerem nesta situação sem precedentes.

Aqui estão as cinco recomendações da FICO para que as organizações possam reduzir o seu risco de crédito:

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1. Considere todos os segmentos de clientes de risco:

durante os estágios iniciais da crise, surgiram dois grandes segmentos de clientes – aqueles afetados negativamente pelos impactos financeiros da pandemia e aqueles aparentemente não afetados.

Agora, dada a gravidade da segunda onda, mais consumidores estão em risco.

Diferentes segmentos começaram a surgir, particularmente de pessoas que ainda não foram prejudicadas econômica ou financeiramente, mas que subiram para uma categoria de alto risco devido a vários fatores – seja por conta dos setores em que estão envolvidos ou por sua capacidade de trabalhar à distância a longo prazo, por exemplo.

Além disso, muitos dos clientes anteriormente classificados como de alto risco já receberam dois ou mais benefícios, como carência e redução da taxa de juros.

Portanto, a FICO recomenda a aplicação de uma análise mais detalhada das carteiras de clientes e de um modelo de segmentação mais granular para identificar os clientes que foram afetados.

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Novos segmentos podem incluir:

• Recuperado, mas ainda em risco

• Alto risco de ser afetado no curto prazo

• Possível risco de ser afetado a médio prazo

• Clientes que parecem ser financeiramente sólidos a médio e longo prazo

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É necessário aplicar processos e estratégias de risco personalizados para cada segmento e subsegmento, bem como garantir que os fundos estejam disponíveis, sempre que possível e necessário, e que os empréstimos possam ser reescalonados.

2. Considere taxas, taxas e encargos:

em certos casos, os bancos devem considerar a dispensa de taxas, bem como taxas de cheque especial; deve também ajustar as condições dos empréstimos e os prazos de pagamento para clientes que não tenham sido afetados pela primeira onda e que se mostrem dispostos a pagar, mas que não possam fazer isso neste momento.

3. Não saia do “diário de bordo”:

certifique-se de que os registros do portfólio e da política sejam continuamente atualizados com todas as ações realizadas e os detalhes da conta contidos nos programas e impactos previstos.

Além disso, mantenha um registro cuidadoso de todas as principais transformações macroeconômicas para que possa identificar e compreender as mudanças de causa e efeito. 

O histórico dessa conta permanecerá em seus registros por muito tempo – meses ou anos a partir de agora – para que as pessoas que não vivenciaram a crise possam saber em detalhes o que aconteceu.

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Essas informações precisam incluir não apenas o impacto da crise, mas também as mudanças de política que foram feitas por causa dela que, por sua vez, afetam o desempenho da carteira, o teste do modelo de risco e a análise de risco.

Faça isso mesmo se você decidir não implementar programas especiais.

O registro dos efeitos da crise e das regiões afetadas irão ajudar a interpretar quaisquer padrões de comportamento incomuns que você observar posteriormente nos dados.

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4. Reconheça que não há “clientes não afetados”:

muitos clientes resistiram à primeira onda – mas agora ninguém ficou ileso.

Apesar do novo ambiente, nem todas as carteiras estarão necessariamente inadimplentes.

No entanto, clientes não afetados anteriormente não devem ser ignorados. 

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Esteja ciente dos scores de crédito em deterioração; tome a iniciativa e implemente medidas imediatas de combate à inadimplência para garantir a melhor experiência ao cliente.

Além disso, agradeça aos clientes que permaneceram com você apesar dos tempos difíceis.

São eles que vão manter a sua carteira à tona, pois vão gerar rentabilidade em face à diminuição da chegada de novos consumidores.

5. Armazene os dados e prepare-se para revisar as pontuações e padrões de comportamento após a crise:

os clientes afetados pela crise podem experimentar mudanças em seus níveis de receita e liquidez, levando a mudanças no comportamento de pagamento e até mesmo à inadimplência involuntária. 

Novas variáveis podem ser derivadas de:

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• Clientes que receberam facilidades de pagamento durante a primeira onda

• O desempenho subsequente desses clientes

• Diferentes características ou comportamentos entre clientes que foram salvos e aqueles que permanecem em atraso em seus pagamentos

• Carteiras afetadas por regulamentos

Não existe um método preciso para garantir quais variáveis explicarão o comportamento futuro.

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No entanto, todas elas, sejam novas ou tradicionais, devem ser armazenadas.

Além disso, todas as ações relacionadas devem ser arquivadas e todas as reações devem ser cuidadosamente monitoradas.

Sobre a FICO

Líder mundial em software de análise preditiva, a FICO é especializada em examinar dados e aplicar tecnologias como inteligência artificial, machine learning e analíticos para prever o comportamento do consumidor, otimizando as interações das empresas com seus clientes.

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Gabriel Dau

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