Economia
Bitcoin Ultrapassa os $100 Mil dólares: Um Marco que Redefine o Mercado Financeiro

O Bitcoin atingiu esta semana a marca histórica de $100.000 dólares , alcançando brevemente $104.000 dólares no dia 5 de dezembro. Esse desempenho, representando uma valorização de 126% em relação aos $44.000 de janeiro, reflete o amadurecimento do conhecimento do mercado sobre o ativo com a convergência de fatores estruturais, como a adoção institucional, a entrada maciça de capital via ETFs de Bitcoin e a euforia do mercado após a reeleição de Donald Trump.
O interesse institucional continua sendo o principal motor desse crescimento. A MicroStrategy, já consolidada como a maior detentora corporativa de Bitcoin, adquiriu recentemente mais 15.400 BTC, investindo $1,5 bilhão de dólares, e agora detém um total de 402.100 BTC, avaliados em mais de $40 bilhões de dólares. O movimento não está isolado: empresas como a Acurx Pharmaceuticals também decidiram alocar parte de sua tesouraria em Bitcoin, citando a oferta limitada e a proteção contra a inflação como razões estratégicas.
Outro fator determinante foi o avanço dos ETFs de Bitcoin spot, que facilitaram o acesso de investidores ao ativo. Em novembro, esses veículos atraíram $6,1 bilhões de dólares em novos aportes, sendo $5,4 bilhões apenas do iShares Bitcoin Trust, da BlackRock. A aprovação dos ETFs nos Estados Unidos criou uma nova ponte entre investidores tradicionais e o mercado de criptomoedas, solidificando o Bitcoin como uma classe de ativo legítima. Instituições como Goldman Sachs e Banco do Brasil também entraram no jogo, consolidando essa narrativa. No BB é possível investir em Bitcoin a partir do fundo multimercado Cripto Full e também há um fundo multimercado com exposição. A maior parte dos grandes bancos no Brasil já oferece produtos com exposição ao ativo.
A dinâmica de oferta também desempenhou seu papel. O halving de abril, que reduziu a recompensa por mineração, comprimiu a oferta disponível, um efeito clássico que historicamente impulsiona os preços. Apenas no último mês, o Bitcoin acumulou uma valorização de 38% em reais, alimentado pela crescente demanda e pela redução na disponibilidade do ativo.
Curiosamente, o cenário político deu um toque adicional à narrativa. A reeleição de Trump, com sua postura pró-cripto, trouxe mais entusiasmo ao setor e a sua nomeação de Paul Atkins, um defensor das criptomoedas, na presidência da SEC, gerou especulações de um ambiente regulatório mais amigável. Trump ainda propôs a criação de uma reserva nacional de Bitcoin, alimentando o debate sobre o papel estratégico da criptomoeda na economia americana. Para completar, recentemente a presidencia do FED nos EUA comparou o Bitcoin ao ouro digital.
O rali elevou a capitalização de mercado do Bitcoin para mais de $2 trilhões pela primeira vez, consolidando-o como um dos ativos mais valiosos do mundo. Apesar de impressionante, o crescimento de 2024 não é o mais emocionante da história. Em 2017, o Bitcoin no Brasil registrou uma alta de 1.900%, e durante a pandemia de COVID-19, valorizou-se mais de 650%.
Desde sua criação por Satoshi Nakamoto em 2009, o Bitcoin deixou de ser uma curiosidade digital para se tornar um ativo globalmente relevante. A marca de $100.000 dólares não é apenas um número simbólico, mas um testemunho de sua consolidação como um pilar da nova economia digital. Para aqueles que já duvidaram de sua resiliência, essa nova etapa reafirma o potencial transformador do Bitcoin no mundo financeiro.
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Economia
Endividamento das Famílias Brasileiras Atinge 76,4% e Mostra Tendência de Crescimento Constante
Pesquisa da CNC revela que o endividamento das famílias brasileiras atingiu 76,4% em fevereiro, com indícios de que novas dívidas estão sendo feitas para quitar as antigas

A recente pesquisa da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) sobre o Endividamento das Famílias Brasileiras revela um cenário complexo. Em fevereiro de 2025, o endividamento alcançou 76,4%, mostrando um aumento em relação aos meses anteriores.
Endividamento e Inadimplência: Uma Visão Geral
O conceito de endividamento abrange diversas modalidades de crédito, desde o uso do cartão de crédito e cheque especial até empréstimos pessoais e financiamentos. A inadimplência, por sua vez, refere-se especificamente às dívidas em atraso.
Indicador Fevereiro de 2025 Janeiro de 2025 Variação Endividamento 76,4% 76,1% +0,3 p.p. Inadimplência 28,6% 29,1% -0,5 p.p.
A Estratégia da Renegociação de Dívidas
Apesar do aumento do endividamento, a queda pequena da inadimplência sugere que as famílias estão buscando alternativas para quitar suas dívidas. Uma possível explicação é a busca por novas linhas de crédito com condições e prazos mais vantajosos, permitindo a renegociação das dívidas antigas.
O Impacto da Taxa de Juros
A redução da taxa média de juros cobrada aos consumidores pode estar influenciando essa dinâmica. Com juros menores, a troca de crédito se torna mais atrativa, incentivando as famílias a renegociarem suas dívidas.
Indicadores Positivos e Sinais de Alerta
A pesquisa da CNC aponta para alguns indicadores positivos, como a redução do percentual de famílias com dívidas em atraso por mais de 90 dias e a diminuição do número de consumidores com mais da metade da renda comprometida com dívidas. No entanto, o aumento do número de pessoas que se consideram “muito endividadas” acende um sinal de alerta.
A Percepção do Endividamento
A pesquisa também revela um aumento no percentual de pessoas que se consideram “muito endividadas”, atingindo 16,1% em fevereiro. Esse indicador subjetivo reflete a percepção individual das famílias sobre seu nível de endividamento.
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Projeções para o Futuro
As projeções da CNC indicam que o endividamento deve continuar crescendo ao longo de 2025, impulsionado pela confiança das famílias em utilizar o crédito.
Análise Detalhada dos Dados
Para uma análise mais aprofundada, é importante considerar os seguintes aspectos:
- Tipos de Dívida: A pesquisa da CNC abrange diversas modalidades de dívida, cada uma com suas particularidades. É fundamental analisar a evolução de cada tipo de dívida para entender melhor o comportamento das famílias.
- Perfil dos Endividados: A pesquisa também permite traçar o perfil dos endividados, considerando fatores como renda, idade e localização geográfica. Essa análise pode revelar padrões e tendências importantes.
- Impacto no Consumo: O endividamento das famílias tem um impacto direto no consumo, afetando o desempenho da economia. É importante monitorar a evolução do endividamento para avaliar seus efeitos sobre o consumo e o crescimento econômico.
Confira:
O cenário de endividamento das famílias brasileiras é complexo e exige monitoramento constante. A pesquisa da CNC fornece dados importantes para entender a dinâmica do endividamento e seus impactos na economia. É fundamental que as famílias adotem práticas de educação financeira e planejamento para evitar o superendividamento e garantir a saúde financeira.
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11 alimentos têm tarifa zero de importação. Confira a lista!!
Câmara de Comércio Exterior aprova redução a zero do imposto de importação para uma lista de produtos alimentícios.

O Comitê Executivo de Gestão da Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu nesta quinta-feira (13) reduzir a zero as tarifas do imposto de importação de 11 alimentos.
A medida, anunciada no dia 6 de março pelo vice-presidente e ministro do MDIC, Geraldo Alckmin, em conjunto com outros ministérios, visa aumentar a oferta de alimentos e reduzir preços no mercado. A resolução entra em vigor nesta sexta-feira (14) e será publicada no Diário Oficial da União.
A decisão atende a uma orientação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva para proteger famílias de baixa renda, que destina até 40% da renda à alimentação. O comitê, presidido pelo secretário-executivo do MDIC, Márcio Elias Rosa, avaliou que a redução tarifária aumentará a disponibilidade de produtos essenciais, minimizará riscos de desabastecimento e ajudará a controlar a inflação (IPCA).
A medida é considerada emergencial e seletiva, focada em produtos críticos da cesta básica. O governo também sinalizou que acompanhará a iniciativa com ações estruturantes para preservar a sustentabilidade da cadeia produtiva doméstica.
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Lista dos alimentos com tarifa zero de importação
Produtos com imposto de importação zerado:
- Carnes desossadas de bovinos, congeladas (de 10,8% para 0%);
- Café torrado, não descafeinado (exceto em cápsulas) (de 9% para 0%);
- Café não torrado, não descafeinado, em grão (de 9% para 0%);
- Milho em grão, exceto para semeadura (de 7,2% para 0%);
- Massas alimentícias, não cozidas ou recheadas (de 14,4% para 0%);
- Bolachas e biscoitos (de 16,2% para 0%);
- Azeite de oliva extravirgem (de 9% para 0%);
- Óleo de girassol, em bruto (de 9% para 0%);
- Açúcares de cana (de 14,4% para 0%);
- Preparações e conservas de sardinhas (de 32% para 0%, dentro de uma quota de 7,5 mil toneladas).
Além disso, o comitê aumentou a quota de importação do óleo de palma de 60 mil para 150 mil toneladas, mantendo a alíquota de 0% por 12 meses.
A medida busca garantir segurança alimentar, ampliar o poder de compra e mitigar impactos de fatores climáticos, geopolíticos e cambiais no mercado interno.
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Revelamos o que faz os preços continuarem aumentando no Brasil
Raramente os brasileiro presenciam os preços dos produtos diminuírem, mas por que será que eles não param de subir o ano todo?

Se tem uma coisa que o brasileiro já se acostumou, mas nunca aceitou de verdade, é ver os preços subindo mês após mês. Mas o que realmente está acontecendo? Por que tudo parece mais caro do que no ano passado?
A inflação, essa velha conhecida do bolso do consumidor, atingiu um nível preocupante e tem causado dores de cabeça tanto para quem faz compras no supermercado quanto para quem gerencia a economia do país. Mas, antes de culpar qualquer um, vamos entender o que está por trás desse aumento de preços que parece não ter fim.
Preços nas alturas: o que dizem os números?
Em fevereiro de 2025, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que mede a inflação oficial do Brasil, registrou uma alta de 1,31%, o maior valor para o mês em 22 anos. No acumulado dos últimos 12 meses, o índice já bateu os 5,68%, superando as previsões anteriores e deixando economistas ainda mais cautelosos. Para se ter uma ideia, a inflação de fevereiro de 2024 foi de 4,51%, ou seja, os preços continuam subindo em um ritmo acelerado.
A pergunta que não quer calar: o que está puxando essa alta?
Conta de luz e comida pesam (e muito) no bolso
Se você sentiu sua conta de luz mais cara, não foi impressão. Em 2025, as tarifas de energia elétrica residencial tiveram um aumento de 16,8%, impactando diretamente a inflação. No início do ano, até rolou um alívio na conta por causa de um saldo positivo da hidrelétrica de Itaipu, mas esse desconto acabou, e agora os reajustes chegaram com tudo.
Já no supermercado, os preços dos alimentos continuam pressionando o orçamento das famílias. O grupo de alimentos e bebidas subiu 5,4% nos últimos cinco meses e, em fevereiro, a alta foi de 0,7%. Itens básicos como café moído (10,8%) e ovo de galinha (15,4%) tiveram aumentos expressivos.
E o vilão da vez? O clima. Chuvas fortes no Rio Grande do Sul e ondas de calor afetaram as lavouras, reduzindo a oferta de produtos e elevando os preços.
Serviços também estão mais caros
Não foi só no mercado e na conta de luz que os preços subiram. Os serviços, como mensalidades escolares, planos de saúde e até aquele corte de cabelo, também ficaram mais caros. A inflação desse setor passou de 0,78% em janeiro para 0,82% em fevereiro.
Como esses serviços dependem mais da mão de obra e da renda da população, o aumento pode indicar que a economia está aquecida, mas, ao mesmo tempo, mantém a inflação alta.
O dólar e o cenário internacional não ajudam
O preço do dólar também tem um papel importante na inflação brasileira. Em 2024, o real perdeu 27% do seu valor em relação à moeda americana, e a cotação foi de R$ 4,90 para R$ 6,20 no fim do ano. Como o Brasil importa muitos produtos e insumos, um dólar mais caro faz com que tudo fique mais caro por aqui.
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Além disso, incertezas globais como a guerra na Ucrânia, as tensões no Oriente Médio e a política de tarifas dos Estados Unidos acabam desorganizando a cadeia de suprimentos. Isso aumenta os custos de importação e impacta os preços dentro do país.
Banco Central, juros e o combate à inflação
Para tentar conter essa escalada de preços, o Banco Central usa sua principal arma: os juros altos. Atualmente, a taxa Selic está em 13,25% ao ano, com expectativa de que possa subir ainda mais.
Quando os juros estão altos, o crédito fica mais caro, o consumo diminui e, teoricamente, os preços param de subir tão rápido. Mas esse remédio tem efeitos colaterais: desacelera a economia e pode aumentar o desemprego.
E agora? O que esperar do futuro?
Olhando para frente, o Banco Central trabalha para tentar trazer a inflação para a meta de 3% ao ano, mas as previsões ainda indicam dificuldades. Para 2026, espera-se um índice de 4,4%, o que significa que os preços ainda devem continuar subindo, mas, com sorte, em um ritmo mais lento.
Enquanto isso, o jeito é se planejar, ficar de olho nos gastos e torcer para que os preços desacelerem. Afinal, ninguém aguenta mais essa sensação de que o dinheiro some cada vez mais rápido da carteira.
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