Connect with us

Chamadas

Aposentadoria por idade pode ter maior benefício após a reforma

Published

on

A aposentadoria por idade é uma das aposentadorias mais conhecidas no INSS. O principal requisito, como o próprio nome já diz, é a idade. O outro requisito é a carência, o tempo contribuído, que deve ser de pelo menos 15 anos.

Essa foi uma das aposentadorias que menos sofreu alteração com a Reforma da Previdência, sendo que somente a idade da mulher foi alterada, bem como o tempo mínimo exigido para os novos segurados homens do INSS. Mas para os homens que já contribuíram, nada mudou.

O que eu tenho a revelar para você de mais importante sobre essa aposentadoria é que é possível alcançar um benefício muito maior do que teria antes da reforma, uma vez que a regra de cálculo mudou e pode beneficiar muitos brasileiros.

Para isso a aposentadoria por idade precisa ser feita com planejamento. 

Muita gente simplesmente se antecipa a qualquer cálculo, e faz o pedido no INSS. Em alguns casos, ainda é possível se socorrer de um futuro prejuízo, e vou explicar quem pode fazer isso.   

Advertisement
publicidade

Aposentadoria por idade antes da reforma

A aposentadoria por idade exigia 65 anos para o homem e 60 anos para as mulheres.

Era necessário também ter pelo menos 15 anos de tempo contribuído para a previdência, ou seja, o tempo de carência.

Com relação ao cálculo, tirava-se uma média aritmética de 80% dos maiores salários da pessoa até a data da aposentadoria, aplicado a um coeficiente de 70% da média + 1% por tempo de contribuição.

Além disso, existia a regra do divisor mínimo, utilizada pelo INSS para reduzir aposentadorias por idade de segurados que contribuíram menos de 60% de todas as suas contribuições após 1994.

Aposentadoria por idade após Reforma

Depois da reforma da previdência, o requisito de idade de 65 anos para o homem continuou.

Advertisement
publicidade

Já para as mulheres, a idade aumenta seis meses a cada ano, a partir de 2019, com isso o requisito pode aumentar até a idade mínima de 62 anos (variando, dependendo da data em que o segurado completa a idade, entre 60 e 62 anos).

No ano de 2021, por exemplo, é exigido 61 anos.

Porém, para os homens que começaram a contribuir depois da reforma, que entrou em vigor em 13 de novembro de 2019, o tempo mínimo aumentou para 20 anos.

Os homens que já estão próximos da aposentadoria não precisam se preocupar. A carência continuará sendo de 15 anos pois já estavam contribuindo para o INSS antes das mudanças.

Sobre o cálculo, também houve uma mudança significativa. 

Advertisement
publicidade

Agora, retira-se a média aritmética de todos os salários, desde 1994 até a data da aposentadoria.

Após, aplica-se um coeficiente de 60% sobre a média, se tiver mais de 15 anos de contribuição para a mulher, aumenta-se 2% por ano a mais contribuído.

Já para o homem esses 2% a mais é aplicado a partir dos 20 anos de contribuição.

Por exemplo: a mulher que tem 16 anos de tempo de contribuição terá o coeficiente de 62% sobre a média dos salários (60% x [2% x 1]). O homem com 26 anos de tempo terá o coeficiente de 72% (60% x [2% x 6]).

Por fim, a melhor notícia, é que é possível retirar os menores salários do cálculo da média, caso o segurado(a) tenha mais do que os 15 anos de carência, podendo aumentar sua média global e consequentemente, melhorar o valor do benefício.

Advertisement
publicidade

Essa é uma regra nova trazida pela reforma, chamada “descarte automático”, que já vou explicar como pode te beneficiar numa futura aposentadoria.

Mas nem sempre isso será favorável pois o coeficiente total também pode diminuir. 

Quem pode planejar uma aposentadoria por idade?

Para quem ainda não tem a idade, mas está se aproximando e quer fazer uma projeção, é importante realizar o planejamento para obter melhor resultado no benefício. 

Geralmente essa pessoa precisa entender se compensa realizar contribuições futuras, sobre quais valores deve contribuir, se a quantidade de investimento financeiro poderá retornar, quais decisões precisa tomar, quais documentos são necessários e que tipo de problemas podem ser enfrentados desde já. 

O planejamento também pode ser crucial até para quem já tem idade e quer saber o valor que tem direito e se tem outras possibilidades. 

Advertisement
publicidade

Existem muitos casos em que as pessoas já chegam com a idade de aposentar e com todos os requisitos, mas ficam com medo de ter uma perda, tentando entender as regras e se há a possibilidade de receber uma melhor aposentadoria.

Designed by @bilahata / freepik
Designed by @bilahata / freepik

Até mesmo para quem já pediu a aposentadoria, mas ainda não recebeu nenhum valor do INSS e de FGTS, ainda há tempo! 

Quem não sacou o primeiro benefício ou o INSS está demorando para responder, ainda pode fazer esse estudo de planejamento, pois muitos pedidos de aposentadoria acontecem no impulso, e só depois a pessoa avalia a possibilidade de receber benefícios maiores.

O milagre da contribuição única

Para exemplificar a importância do planejamento, existe uma possibilidade de apenas 1 contribuição ao INSS mudar todo o cenário de uma aposentadoria por idade.

Para que isto ocorra o segurado deve ter no mínimo 14 anos e 11 meses de contribuição antes de julho de 1994.

Também é possível para quem tem menos contribuições até essa data, mas precisará fazer mais contribuições para alterar significativamente o cenário.

Advertisement
publicidade

Isso se explica porque o cálculo leva em conta a média de todo o período de julho de 1994 em diante, e ainda, é possível descartar todas as menores contribuições, desde que se mantenha os 15 anos de tempo.

Caso a pessoa tenha cerca de 15 anos de tempo contribuído antes de julho de 1994, ela pode zerar todo o período básico de cálculo após essa data, caso os salários de contribuição diminuam a sua média.

Qualquer contribuição que for realizada no futuro seria utilizada como a média total. Se um segurado contribuir, portanto, uma vez sobre o valor do teto (R$ 6.433), sua média será o teto!

Entretanto, sua aposentadoria certamente não será o valor do teto, porque temos ainda que calcular o coeficiente, que conforme dito, nesse caso seria de  no mínimo 60%.

Porém 60% de R$ 6.433 será o valor de R$ 3.859,80.

Advertisement
publicidade

Dessa forma, qualquer pessoa que vá se aposentar por idade com valores menores que esse, podem se beneficiar da contribuição futura, desde que preencha os demais requisitos.

Esse caso é chamado de milagre da contribuição única, e pode ser que muitos brasileiros estejam com essa possibilidade em mãos. 

Entretanto, é recomendável sempre buscar ajuda especializada, para que se confirme no caso concreto, ou ainda, verificar se existem outras possibilidades como esta de melhorar o valor da sua aposentadoria com contribuições futuras.

Para saber mais sobre o impacto que o planejamento pode ter em sua aposentadoria, acompanhe nosso Canal do Direito Trabalhista e Previdenciário.

Por: Carolina Centeno de Souza, Advogada Previdenciária e Trabalhista. Formada em Direito pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul. Inscrita na OAB/MS sob o nº17.183. Especialista em Direito Previdenciário e Direito Sindical. Coordenadora adjunta do Instituto Brasileiro de Direito Previdenciário (IBDP) por Minas Gerais. Palestrante. Visite nosso site: Arraes & Centeno Advocacia

Advertisement
publicidade

Dica Extra do Jornal Contábil: Compreenda e realize os procedimentos do INSS para usufruir dos benefícios da previdência social. 

Já pensou você saber tudo sobre o INSS desde os afastamentos até a solicitação da aposentadoria, e o melhor, tudo isso em apenas um final de semana? Uma alternativa rápida e eficaz é o curso INSS na prática

Trata-se de um curso rápido, porém completo e detalhado com tudo que você precisa saber para dominar as regras do INSS, procedimentos e normas de como levantar informações e solicitar benefícios para você ou qualquer pessoa que precise. 

Não perca tempo, clique aqui e domine tudo sobre o INSS.

@2025 - Todos os direitos reservados. Projetado e desenvolvido por Jornal Contábil