Polícia Federal cumpriu mandados nos estados de SP, RS e no DF.
Operação investiga fraudes em conselho ligado ao Ministério da Fazenda.
A Operação Zelotes, que investiga fraudes no Conselho Administrativo de Recursos Fiscais (Carf), ligado ao MInistério da Fazenda, realizou buscas e apreensões em nove escritórios de contabilidade no estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e no Distrito Federal na manhã desta quinta-feira (3).
As buscas foram realizadas pela Polícia Federal, Receita Federal e Corregedoria do Ministério da Fazenda. De acordo com a PF, o objetivo foi arrecadar documentos contábeis de algumas empresas investigadas para auxiliar nas investigações.
A Operação Zelotes, deflagrada em março, apura suspeita de pagamento de propina para integrantes do Carf com o objetivo de anular ou reduzir débitos tributários de empresas com a Receita Federal.
De acordo com a PF, são alvos da investigação, ao menos, 70 empresas, 15 escritórios de advocacia ou consultoria e 24 pessoas, entre as quais conselheiros e ex-conselheiros do Carf.
Com as buscas desta quinta, segundo a Receita, os investigadores esperam ter acesso a materiais que possam provar o envolvimento de 12 empresas e 11 pessoas com o esquema.
Operação Zelotes
As investigações da Operação Zelotes apontam que conselheiros suspeitos de integrar o esquema criminoso passavam informações privilegiadas de dentro do Carf para escritórios de assessoria, consultoria ou advocacia.
Esses escritórios, de acordo com os investigadores, procuravam empresas multadas pela Receita Federal e prometiam controlar o resultado dos julgamentos de recursos.
A Polícia Federal aponta que, para isso, além de promover tráfico de influência, o grupo corrompia conselheiros envolvidos com o julgamento dessas multas e manipulava o andamento dos processos com a venda de pedidos de vista ou alteração da pauta de julgamentos.
Muitas dessas consultorias, ainda conforme as investigações, tinham como sócios conselheiros e ex-conselheiros do Carf.
A PF suspeita que, em troca dessas facilidades, empresas multadas pagavam propina. Segundo os investigadores, boa parte dos supostos honorários pagos pelas empresas a título de consultoria era, na verdade, repasse de propina. (Com Informações o G1)
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